As leucemias agudas representam aproximadamente 25% dos diagnósticos de câncer em menores de 15 anos.
Os principais subtipos de leucemias na infância e adolescência são:
Leucemia Linfoide Aguda (LLA) – corresponde a 80 – 85% das leucemias
Leucemia Mieloide Aguda (LMA) – correspondem a apenas 15-20% das leucemias agudas em pediatria.
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)–mais rara na infância, correspondendo a menos de 5% das leucemias na infância.
As leucemias agudas surgem de alterações genéticas adquiridas ou herdadas em determinados grupos de células da medula óssea, que é o órgão responsável pela produção (fábrica) do sangue que preenche o interior dos ossos do corpo humano.
A medula óssea é composta por famílias de células linfóides que darão origem aos linfócitos e mieloides que darão origem aos glóbulos vermelhos, plaquetas e o restante dos glóbulos brancos do sangue.
As células sanguíneas doentes são chamadas de blastos leucêmicos, pois são células jovens que não conseguiram seguir o seu caminho natural de se diferenciar (transformar) em uma célula madura normal.
Assim, a medula óssea (nossa fábrica do sangue) fica preenchida por células doentes (blastos), com diminuição do número das células normais, na maioria dos casos.
As leucemias crônicas são raras na infância, e surgem de alteração genética específica, chamada de Cromossomo Philadelphia, nas células da medula óssea, dando uma capacidade desordenada de crescimento (multiplicação) das células já maduras.
Assim, acumulam-se na medula óssea (nossa fábrica do sangue), células maduras, porém que nunca envelhecem e se multiplicam desordenadamente.